Exposição "O que tem em cima do morro". Foto: Artur Bluz
O Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE), equipamento do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura - complexo integrante da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Ceará (Rece), vinculada à Secult Ceará, gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar -, prorrogou o encerramento de suas exposições até 20 de abril de 2025. Com a extensão do prazo, o público ganha mais tempo para explorar as diversas propostas artísticas que ocupam o espaço. Entre as mostras em cartaz, destacam-se "Mandingueira", "O Papel do Papel", "Anunciação: vou te olhar no vazio imenso" e "O que tem em cima do Morro?", cada uma trazendo olhares únicos sobre questões sociais e culturais.
Mandingueira
Com curadoria de Eduardo Bruno, a mostra de Pedra Silva aborda temas de ancestralidade, corpo e natureza. A artista utiliza diversas linguagens, como performance, vídeo e escultura, para questionar e exaltar os saberes dos povos de terreiro, propondo uma arte contracolonial que reivindica o lugar sagrado dos corpos trans.
O papel do papel
A exposição de Samuel Tomé, com curadoria de Renata Felinto, explora a fragilidade e o poder simbólico do papel. Através de desenhos, fotografias e vídeos, o artista reflete sobre as fronteiras sociais e a circulação de poder na cidade, questionando as margens e os centros urbanos.
Anunciação: vou te olhar no vazio imenso
Esta exposição coletiva, que reúne obras de artistas como Antonio Breno, biarritzzz e Camila Fontenele, é focada na relação entre matéria e espaço. A mostra utiliza a geometria, o preto e o branco para criar uma experiência sensorial que dialoga com a arquitetura do museu.A curadoria é de Clébson Francisco.
O que tem em cima do Morro
Com curadoria de Débora Soares e Ismael Gutemberg, a mostra traz uma reflexão sobre as histórias e memórias dos moradores do Arraial Moura Brasil, uma comunidade periférica de Fortaleza. A exposição é resultado de uma pesquisa colaborativa entre o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e os moradores do bairro, situado próximo ao equipamento cultural, que compartilharam objetos, fotografias e relatos sobre suas vivências. O espaço também destaca figuras locais como Francisco Finim, Paulinho da Hora e Dona Anita, além de celebrar a trajetória do Bloco do A Turma do Mamão, que comemora 50 anos de carnaval.