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Gestão territorializada do Centro Dragão do Mar é apresentada em Seminário Internacional
A experiência de gestão foi compartilhada no "Seminário Internacional de Políticas para as Artes: Imaginando Margens", realização da Funarte, do MinC e do Sesc São Paulo.
20/09/24 às 12h52

Acervo Funarte_Foto de Felipe Iruatã

 

      Entre 17 e 19 de setembro, no Sesc 14 Bis, em São Paulo, aconteceu o "Seminário Internacional de Políticas para as Artes: Imaginando Margens", uma iniciativa da Fundação Nacional de Artes (Funarte), do Ministério da Cultura e do Sesc São Paulo, a fim de promover a reflexão e o pensamento sobre temas atuais do campo das artes e suas políticas, com ênfase na construção da Política Nacional das Artes, a PNA. 

      Como primeira ação do Programa Funarte de Pesquisa e Reflexão, o seminário inaugura uma retomada da vocação histórica da Fundação na promoção de ações que incentivam o exercício do pensamento e marca também uma etapa importante para o atual processo de elaboração da Política Nacional das Artes (PNA), uma das prioridades da Funarte e do MinC. O seminário se propõe a colocar em movimento reflexões, valores e diretrizes que possam contribuir para a construção dessa política, envolvendo entes públicos, instituições artísticas e as comunidades, na proteção e ampliação do direito às artes.

     Compondo a programação do último dia do Seminário, na Roda "Delta de Experiências - Programas que inspiram políticas", a experiência de gestão do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura foi apresentada pela superintendente Helena Barbosa. Dividiram suas experiências a Fundadora e Diretora no Instituto Procomum, Georgia Nicolau; a artista, pesquisadora e educadora em dança Rita Aquino e o professor, ensaísta e curador Paulo Pires do Vale (Portugal), bate-papo que contou com a mediação da gestora cultural Lena Cunha. 

      Na ocasião, Helena Barbosa apresentou o trabalho desenvolvido no Centro Dragão do Mar desde janeiro de 2023, com foco na gestão territorializada. Para além do desafio que é gerir um complexo cultural que soma 30 mil metros quadrados e que permeia diferentes políticas, nas medida em que trabalha as mais diversas linguagens artísticas em diferentes espaços, o equipamento é atravessado por um contexto social desafiador. A própria configuração arquitetônica do centro cultural o confunde com os limites da rua, o que trouxe para o CDMAC questões urbanas. Por isso, foi preciso lançar um novo olhar, experiência iniciada com a criação do Núcleo de Ação Territorial (NAT).


 
Foto Felipe Iruatã.


     "Sabemos que o Dragão do Mar é uma referência nacional, mas a gente tinha o desafio de conectar com as adjacências, então a gestão territorializada foi a metodologia que encontramos para estabelecer uma rede de relacionamento com os múltiplos agentes que vivem no território e a política de vizinhança como canal de sustentabilidade e desenvolvimento do equipamento", compartilhou a superintendente.

     Assumindo o mapeamento das demandas do território e criando pontes com a ação cultural do próprio Centro e a mediação com instituições parceiras e Pastas responsáveis, o Núcleo passou a atuar em três eixos centrais: cultura e direitos humanos; cultura e negócios e cultura e territórios. O trabalho tem rendido inúmeros resultados apresentados pela gestora, entre eles, por exemplo, o rompimento de fronteiras invisíveis e a aproximação de grupos que não frequentavam o centro cultural, programações conjuntas com as casas vizinhas, política de gratuidade para as comunidades periféricas próximas e o encaminhamento de serviços essenciais para pessoas em situação e superação de rua.

 

 

Assista ao Seminário aqui:

 

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